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Marlon, pedreiro de futebol, capitão do Botafogo e defensor do futebol sul-americano: "Como brasileiros, temos que jogar com alegria."

Marlon, pedreiro de futebol, capitão do Botafogo e defensor do futebol sul-americano: "Como brasileiros, temos que jogar com alegria."

Marlon Freitas (Rio de Janeiro, 1995) é um construtor de futebol, e não como uma característica pejorativa, muito pelo contrário. Através dele, está sendo construída a surpreendente equipe do Botafogo, que está prestes a avançar para a próxima fase do Grupo B, que atualmente enfrenta o Atlético de Madrid, que os enfrenta esta noite; o PSG, atual campeão europeu; e o Seattle Sounders. Duas vitórias em duas partidas para o atual time, vencedor do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores. Antes do Mundial de Clubes começar, ninguém esperava o poderio das equipes sul-americanas, mas, duas rodadas depois, os gigantes europeus estão tendo surpresas desagradáveis. O time de Simeone, aliás, está à beira da eliminação.

"Acompanho o Atlético há algum tempo. Gosto da filosofia deles. Eles sabem jogar e sempre têm um alto nível de intensidade em campo", começa o capitão do Botafogo, grande admirador de Diego Simeone , afirmando que "a mera presença dele serve para motivar os jogadores". Mas enquanto o Atlético de Cholo chega a esta última rodada precisando de três gols ou mais contra os brasileiros, estes, caso o PSG vença o duelo contra o fraco Seattle, só precisam proteger o gol de John Víctor , algo que fizeram com perfeição contra o time francês.

Em entrevista conjunta a diversos veículos de comunicação internacionais, incluindo o EL MUNDO, Marlon afirma que a chave para o sucesso deste time do Botafogo é que eles são "uma família". "Ninguém nos perguntou se queríamos estar aqui; nós conquistamos isso com esforço próprio, e queremos aproveitar esta oportunidade com muita alegria e união, curtindo a vida em família. Essa é a palavra-chave, porque não se ganha jogo com 11 jogadores; são necessários 30", explica o jogador, referindo-se a uma máxima que eles demonstraram neste campeonato.

"ganhar confiança"

Marlon não diz isso simplesmente; para ele, tem uma conotação muito importante. Há apenas seis meses, quando foi coroado campeão da Libertadores, o brasileiro se desfez no vestiário em homenagem ao pai. "Não sei se mereço isso. Obrigado, pai. Tudo o que passamos juntos, esse momento era para chegar. Você me ensinou a ser honesto, a nunca desistir. Isso é por você. Eu consegui, pai. Nós conseguimos", disse ele em meio às lágrimas. Seu pai havia falecido em 2017, quando o meio-campista ainda estava no Fluminense, onde começou sua carreira.

Embora tenha jogado a maior parte da carreira no Brasil, ele também passou um período emprestado na Eslováquia e nos Estados Unidos. "Eu era muito jovem e aproveitei ao máximo essa oportunidade", explica ele sobre sua passagem pelo Fort Lauderdale, time B do Inter Miami na MLS. "Voltar aos Estados Unidos para jogar neste grande torneio me deixa muito feliz. Não é apenas uma grande oportunidade para mim, mas também para o clube, o elenco e a torcida", diz o jogador.

A primeira partida serviu para "ganhar confiança", mas é a vitória contra o PSG que lhes dá o moral para alcançar objetivos maiores. "O futebol é sempre 11 contra 11, e claro que a classificação para a próxima fase é um sonho, mas estamos acostumados a sonhar alto", revela um grande admirador de Vitinha , que destaca como um dos melhores jogadores deste torneio. "Ele é um jogador muito talentoso. A dinâmica que ele traz para o jogo é incrível. Eu o acompanho ao longo da minha carreira porque jogamos na mesma posição, e é diferente", elogia.

Marlon é o campeão do futebol brasileiro neste Mundial de Clubes, o mais representado, com quatro times competindo: Botafogo, Fluminense, Palmeiras e Flamengo. "Somos brasileiros e, como tal, temos que competir com alegria. Temos que aproveitar o momento e também entender a nossa responsabilidade, porque a competição vai ser muito difícil", comenta sobre as equipes que lideram os Grupos A, B, D e F, uma surpresa e um feito neste campeonato da FIFA.

Embora, se tivesse que definir o seu time, do qual é capitão, talvez o descrevesse como um time que "nunca desiste" e sempre "se apoia solidariamente". "Sonhamos, queremos fazer história e queremos ganhar o Mundial de Clubes", comenta o jogador sobre as aspirações da equipe de um bairro carioca que há apenas cinco temporadas disputava a Segunda Divisão. "Conseguimos isso com muito trabalho, seriedade e dedicação, e com a vantagem de que todos estão dispostos a ajudar", explica, a um passo das oitavas de final do Mundial de Clubes.

elmundo

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